Conselheiro tutelar também é alvo de Operação da PF em João Pessoa

setembro 10, 2024 Off Por Editor

A Polícia Federal deve ganhar reforço de mais de mil policiais, assegurou o presidente. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil. Tomaz Silva/Agência Brasil

O Conversa Política apurou que o conselheiro tutelar Josevaldo Gomes da Silva, coordenador Adjunto da Região Praia de João Pessoa, foi um dos alvos da Operação Território Livre, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (10). Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na residência do conselheiro, no bairro dos Estados.

Além dele, também foi cumprido mandato de busca e apreensão no bairro São José e na casa da vereadora (também candidata ao cargo), Raíssa Lacerda (PSB).

De acordo com apuração do Conversa Política, na casa da parlamentar foram apreendidos dinheiro em espécie, aparelhos celulares e contracheques de funcionários da prefeitura de João Pessoa.

O blog entrou em contato com o conselheiro titular e a vereadora em busca de uma declaração, mas ainda não obteve resposta.

Operação Território Livre

A operação Território Livre, deflagrada pela PF visa combater ao aliciamento violento de eleitores e organização criminosa, em João Pessoa.

De acordo com informações da PF, durante a Operação foram apreendidos R$ 35 mil em dinheiro, vários documentos com dados pessoais de diversas pessoas, que não eram residentes no local da busca.

Na nota, a polícia disse que as “provas que podem indicar materialidade e autoria e reforçar os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados”.

O que é o aliciamento eleitoral, de acordo com o TRE?

Aliciamento de eleitor é a prática adotada por candidato, partido ou correligionário que consiste na tentativa de convencer o eleitor, utilizando-se de meios ilegais, a votar em candidato ou partido diferente daquele em que naturalmente votaria, não fosse a ação de convencimento.

O aliciamento é crime eleitoral, e é punível com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a 15 mil UFIRs.

Nota da prefeitura

A nota divulgada pela Polícia Federal afirma que foram apreendidos na Operação contracheques de servidores da prefeitura de João Pessoa.

À tarde, a prefeitura emitiu nota afirmando que nenhum servidor público municipal nomeado ou contratado está entre os alvos da Operação Território Livre da Polícia Federal. Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de João Pessoa vem a público esclarecer que nenhum imóvel ou repartição do Município foi alvo de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (10). Tampouco qualquer servidor público municipal nomeado ou contratado está entre os alvos da Operação Território Livre da Polícia Federal.

A gestão lamenta ainda a tentativa de utilização de tais fatos para insinuar o envolvimento de qualquer autoridade do Executivo municipal com eventos dessa natureza.